O governo japonês e o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) renovaram hoje o compromisso de deixar o período de deflação para trás e atingir a meta oficial de inflação de 2%, à medida que Haruhiko Kuroda inicia seu segundo mandato à frente do banco central do país.

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O governo e o BoJ irão “seguir o acordo” assinado há cinco anos para impulsionar a inflação doméstica para o nível de 2%, Kuroda e o ministro de Finanças japonês, Taro Aso, disseram a repórteres, depois que o primeiro-ministro Shinzo Abe formalmente renomeou o chefe do BC japonês.

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O fracasso do BoJ de atingir inflação de 2% em dois anos, como Kuroda havia prometido no começo de seu primeiro mandato, gerou especulação de que o governo e a instituição poderiam alterar sua promessa conjunta para tornar a meta de 2% mais flexível.

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Kuroda disse que o BoJ irá “pacientemente” seguir adiante com sua agressiva política de estímulos monetários até que a inflação atinja claramente o patamar de 2%. Segundo o chefe do BoJ, a meta de inflação continua distante, mas as condições no sentido de alcançá-la melhoram de forma constante.

Kuroda também reiterou que o BoJ ainda não atingiu um estágio em que possa começar a pensar em reverter sua política atual e que discutir esse assunto prematuramente apenas confundiria os mercados. Não é apropriado apertar as condições monetárias “apenas para dar espaço a futuras opções de política”, argumentou.

Kuroda disse ainda que planeja ficar no comando do BoJ até o fim de seu segundo mandato de cinco anos e que o BC japonês irá monitorar cuidadosamente o possível impacto das políticas comerciais dos EUA e da China, que vêm apresentando desavenças nessa área. Para Kuroda, o protecionismo pode ser negativo para países que o implementam.

Aso, por sua vez, comentou que o Japão vai buscar condições econômicas que permita ao governo elevar o imposto de vendas do país de 8% para 10% em outubro de 2019, como está planejado. Fonte: Dow Jones Newswires.