“A volatilidade do MAE, em momento algum, representa ou garante a competitividade do setor e o modelo atual não cumpri seu papel de sinalizar preços para investimentos de longo prazo”, analisou. Dilma não quis, porém, manifestar que tipo de alteração o futuro governo pretende fazer nesse segmento, dizendo apenas que, o molde atual, “num momento, energia cotada a 684 reais por megawatt-hora (MWh), e em outro, a 4 reais MWh, não existe”, e, por isso, o novo Executivo federal quer estabelecer um processo de normatização.
A futura ministra de Minas e Energia disse também que o horário de verão, em princípio, deverá ser mantido, mas poderá ser reavaliado por causa dos transtornos provocados, principalmente na Região Nordeste.
Dilma informou ainda que todos os estudos da equipe de transição do governo eleito demonstram que não haverá risco de desabastecimento de eletricidade até 2004. “Temos excedentes de energia em algumas regiões, mas, como a distribuição da geração é feita de forma desigual, algumas regiões ainda sofrem certa escassez”, avaliou.
A futura ministra de Minas preferiu não opinar sobre o fato de o ministério ter sido negociado até anteontem (19) com o PMDB – as negociações foram canceladas ontem.
Dilma alegou que não fala sobre questões políticas e que este assunto deveria ser tratado com o futuro chefe da Casa Civil, deputado reeleito José Dirceu (PT-SP).