O Paraná precisa correr contra o tempo para se atualizar, sob pena de sofrer um apagão tecnológico. A afirmação é do secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, que pediu a todos os órgãos do Estado levantamento sobre as necessidades de investimentos. Apenas a Celepar precisa hoje de R$ 120 milhões para adequar seu equipamento ao usado correntemente pelo mercado, exemplificou.

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“Somando esforços, vamos vencer este desafio”, disse o secretário. Hauly acredita que a modernização do Estado, em todos os sentidos, vai trazer benefícios que vão além da melhoria dos serviços oferecidos aos paranaenses. Vai ser de grande utilidade também para cobrar o imposto justo e devido por empresas que sonegam e, com isso, impedem, na prática, a construção de escolas e hospitais, por exemplo. “O mercado e as empresas estão sempre adiante do Fisco com relação à tecnologia”, afirmou.

A estrutura do Estado está muito defasada, quase sucateada, segundo avaliação do Conselho Estadual de Informática, porque há muitos anos não se faz investimentos no setor. “Estamos em busca de alternativas tecnológicas, tanto em equipamentos como em softwares, para colocar o Paraná entre os Estados mais modernos da federação”, afirma Hauly. Na opinião do secretário, a Celepar deve buscar algumas soluções externas, uma vez que seriam necessárias pelo menos 120 mil horas de programação para reformular os sistemas.

“As mudanças são urgentíssimas”, afirma Hauly. O presidente da Celepar, Jacson Carvalho Leite, concorda. “Se não buscarmos rapidamente uma solução, vamos sufocar”, afirma. E as necessidades são muitas. Um exemplo do desafio com que os técnicos se deparam: na Secretaria da Fazenda estão em uso sistemas diversos que não se comunicam entre si.

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Outra preocupação é que o parque tecnológico do governo do Paraná não está adequado para absorver as mudanças contábeis propostas no novo plano de contas do governo federal. “Estamos correndo riscos e é preciso agir rapidamente”, disse Hauly. O levantamento dos custos totais ainda não está concluído.