O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, confirmou as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano e para 2012, mesmo com as revisões para baixo realizadas por instituições financeiras esta semana. Segundo ele, o PIB deve crescer na faixa de 4% a 4,5% este ano. “Só vamos revisar isso depois do PIB oficial do segundo trimestre que vai ser anunciado em 2 de setembro”, disse.

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Barbosa comentou que o ritmo de expansão da economia nos primeiros meses do ano foi forte, mas, considerou que já era esperada uma desaceleração posterior. “A questão agora é ver o ritmo do segundo semestre, mas, achamos que não vai desacelerar tanto quanto o mercado está prevendo para este momento”.

IPCA

O secretário executivo do Ministério da Fazenda afirmou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) vai ficar dentro do intervalo da meta este ano e não vai superar o teto de 6,5% para 2011. Ele fez o comentário ao responder questionamento de jornalistas sobre o IPCA-15 de agosto, que apontou alta de 0,27%, no teto das projeções feitas por instituições financeiras. A inflação mais elevada fez alguns analistas revisarem para cima as previsões para o IPCA de agosto e de 2011. Isto porque o dado serve como prévia para o IPCA, indicador que é utilizado como referencia para o sistema de metas de inflação.

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Barbosa afirmou ainda que, em 2012, o IPCA deve convergir para o centro da meta de 4,5%. A expectativa é de que isso aconteça já na metade do ano.

Controle de capital

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O secretário-executivo do Ministério da Fazenda afirmou que, no momento, o governo não analisa nenhuma nova medida para controle de capitais no mercado. “Estamos cumprindo a implementação de medidas já adotadas. Não temos novas medidas em análise”, afirmou.

Durante seminário sobre fluxo de capitais hoje no BNDES, no Rio, Barbosa lembrou que os países desenvolvidos lançam mão de medidas para tentar contornar os efeitos negativos do atual cenário de turbulência internacional, e estimular recuperação econômica. Isso, na prática, pode conduzir a liquidez elevada no mercado internacional e pode se refletir nas economias emergentes.

Para ele, há necessidade de políticas adicionais para lidar com essa situação extraordinária da economia mundial, que inclui regulação. No entanto, considerou que o governo acompanha a evolução deste cenário de perto, e que estas medidas adicionais já foram acionadas para coibir entrada excessiva de capitais no País.

“Temos colocado limites às posições de moedas estrangeiras, seja de bancos estrangeiros, seja de agentes financeiros, e tributação sobre alguns fluxos de capitais para diminuir o incentivo à apreciação do Real”, lembrou. Na avaliação de Barbosa, essas ações são formas de regulação para lidar com as influências do atual cenário internacional no mercado doméstico, no âmbito de fluxo de capitais.