O líder do PSL no Senado, Major Olímpio (SP) disse, após se reunir com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que o governo ainda não tem o texto final da reforma da Previdência fechado, que será definido pelo presidente Jair Bolsonaro após sua alta do hospital. “O presidente deve retornar e reunir áreas técnicas e políticas para definição do texto”, afirmou.
O senador disse ter perspectivas bastante positivas em relação à aprovação da reforma. “O ministro Guedes sabe que eu sou aliado de primeira hora. Estamos conversando sobre como sensibilizar a classe política da importância da aprovação. Vamos conversar com o MDB, que tem a maior bancada e é fundamental nesse processo”, comentou.
O líder afirmou que o governo ainda discute possibilidades, como aproveitar a proposta de emenda constitucional já enviada pelo presidente Michel Temer. “Minha opinião é aproveitar conteúdos já existentes, mas não sou eu quem decido”, completou.
Em relação aos militares, o senador afirmou ter ouvido de Guedes que a própria categoria está fazendo propostas para a reforma, que estão de acordo com o que defende a equipe econômica.
Para Olímpio, é possível que a reforma tramite conjuntamente com o pacote anticrime desenhado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro. Segundo Olímpio, essa, assim como a Previdência, é uma prioridade da população. “Na prática uma coisa não tem a ver com a outra, um não vai travar a outra. As duas coisas são muito urgentes para o país”, completou.
Depois de ter reclamado da falta de apoio do governo à sua candidatura à presidência, Olímpio disse que essa é uma questão encerrada. “Estou curando minhas feridas, já já estarão cicatrizadas”, afirmou.
Ele também saiu em defesa do líder do governo na Câmara dos Deputados, Major Vítor Hugo (PSL-GO), e disse que não acredita que lhe falte experiência política e que Hugo é capaz, o que as pessoas perceberão com o andamento dos projetos na Casa. ” Quando começarem as votações, sei que tudo vai funcionar e ele terá sucesso”, concluiu.