O presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, está reunido na manhã desta terça-feira, 13, com o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, para discutir propostas que possam destravar os financiamentos para aquisição de veículos no mercado doméstico. Pouco antes, Caffarelli recebeu o presidente da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, para debater as medidas. Várias propostas estão sendo estudadas, mas o governo não tem conseguido finalizá-las no tempo esperado.
A reportagem apurou que uma das possibilidades com maior chance de ser anunciada em breve é a mudança na legislação para tornar mais rápida a retomada do veículo pelo banco em caso de inadimplência. Atualmente, o processo é demorado e dificulta a venda do automóvel pelo banco. Outra medida em discussão é a criação de um fundo garantidor, com aportes das instituições financeiras, que deve complementar as garantias oferecidas pelo cliente.
O governo também tem a intenção de facilitar o crédito para operações de até 60 meses. Atualmente, os bancos precisam provisionar 75% do valor dos financiamentos feitos em até 60 meses para aquisição de automóvel. O governo pode flexibilizar essa exigência.
Na semana passada, o setor automotivo conseguiu que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) adiasse por 24 meses a entrada em vigor da norma que obriga a instalação de rastreadores nos veículos novos. A medida levaria a um aumento dos custos das montadores e do preço final do automóvel para os consumidores. Até o final do ano todos os automóveis teriam que sair de fábrica com o rastreador. Apesar do adiamento por dois anos, o setor quer discutir uma nova regulamentação. A Anfavea defende que o uso do rastreador seja opcional.