As tarifas bancárias não estão na pauta da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), prevista para quinta (27), mas serão objeto de discussão do governo nos próximos dias. A informação é do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo.
?Acho que esse assunto vai entrar [em discussão] nos próximos dias. Até porque existe quase consenso na sociedade de que as tarifas cresceram em demasia.?
O ministro destacou que o governo não é intervencionista ao extremo, mas o Estado tem que exercer o papel fiscalizador, regulador, e adotar alguma medida. Ele disse ainda que o assunto tem sido discutido no Ministério da Fazenda e no Banco Central.
Sobre a afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que ninguém conseguiria governar o país sem os recursos da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Paulo Bernardo disse que concorda e lembrou que a CPMF representa quase 9% da receita administrada do governo, (impostos e contribuições federais)
?Tirar 9% da nossa receita, seja da CPMF ou outro tributo, vai provocar um desequilíbrio fiscal muito difícil de ser resolvido, porque teremos que obter recursos ou cortar o equivalente a R$ 39 bilhões no ano que vem?.
Paulo Bernardo deu as declarações depois de participar do seminário Melhores Práticas em Gestão Gvovernamental ? 1º Simpósio Internacional da Price Waterhouse Coopers, em Brasília.
