Brasília (AG) – O Ministério do Trabalho desqualificou os resultados da pesquisa que classifica o Brasil como o segundo país com o maior número de desempregados no mundo em 2000 (15,4 milhões). O estudo foi elaborado pela secretaria de Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade do município de São Paulo e coordenado pelo economista Márcio Pochmann, com base em dados de Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Banco Mundial, entre outros. O secretário executivo do ministério, Leonardo Rolim, considerou os dados usados no levantamento inconsistentes e sem significância.

Ele afirmou que, com base nas mesmas estatísticas da pesquisa, que usa números absolutos da população sem emprego, o Brasil também seria o país com a quinta maior população economicamente ativa (PEA) do mundo e a quinta maior população ocupada, ganhando, inclusive, da França, Inglaterra, Itália e Japão:

– Não se podem comparar números absolutos. O mercado de trabalho brasileiro é melhor que os deles? De forma alguma.

Rolim disse que o levantamento usa pesquisas de emprego diferentes, considerando a desocupação em grandes aglomerados urbanos na China, que correspondem a um terço da população do país. E no Brasil, usa os dados do Censo, com toda a população.

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