O Plano Decenal de Energia, que o governo deve lançar em abril, com projeções para o período entre 2011 a 2020, aponta para um País em nova fase, sem riscos de fornecimento de energia elétrica. “Estamos em situação privilegiada: temos segurança na oferta e investidores interessados. Vivemos uma situação muito diferente do passado”, disse o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim.

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Evitando falar em números, para não vazar o relatório, ele frisou que o atual interesse de investidores por novos empreendimentos elétricos já permite ao País adotar maior rigor no acompanhamento dos projetos. Tolmasquim citou o caso das usinas térmicas do Grupo Bertin – a maior parte atrasada no cronograma e sob risco de ter sua concessão cassada.

“Tem que ter penalidades, porque se você não for exemplar, todo mundo pode achar que pode fazer isso sem nenhum problema. Aí sim, o risco é grande”, disse, destacando que em leilões anteriores se “ficava mendigando oferta”. Para o leilão de energia nova previsto para junho – o chamado A menos 3 (A-3), que prevê entrega de energia para daqui a três anos – ele imagina que haverá uma forte competição, mas somente entre empresas de grande porte.

“Quando não se tem oferta de energia, tem que ser o mais aberto possível, senão não haveria leilão. Tínhamos que reduzir os critérios e entrou qualquer coisa. Mas, agora, estamos num momento que, para o leiloeiro, é o melhor possível. Podemos ser muito rigorosos e vai ter oferta. E muita”, disse.

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