O governo deve definir nesta semana a estratégia para aumentar o índice de emprego no País. Confirmada a previsão de crescimento econômico de 3,5% em 2004, a projeção é de geração de 2 milhões de novos postos de trabalho. O ministro do Trabalho, Jaques Wagner, está otimista. ?Se nós tivermos o crescimento esperado de 3,5% e se olharmos para os setores mais empregadores (construção civil, serviço e turismo) poderemos ter notícias boas e eu estou extremamente otimista com isso?, afirmou o ministro, ontem.
Com todo o orçamento do FGTS (R$ 7,5 milhões) utilizado em saneamento, transporte e habitação, segundo ele, será possível a geração de 800 mil novos postos de trabalho na construção civil. ?O crescimento econômico e a geração de empregos também é responsabilidade do empresariado brasileiro, que precisa ter uma visão de médio prazo, acreditar no que está sendo feito e começar a fazer uma aposta de crescimento consistente, gerando emprego e aumentando a renda do trabalhador?, disse Jaques Wagner.
O ministro informou também que o governo pretende intensificar, a partir deste mês, o programa ?Primeiro Emprego?. ?A partir de janeiro vamos intensificar o programa e continuo com o objetivo de, neste ano, conseguir oferecer 250 mil novas vagas para jovens entre 16 e 24 anos?, afirmou o ministro. No final do ano passado, o Ministério fechou acordo com os postos de gasolina para a criação de 6 mil postos de trabalho, até março deste ano, para o programa Primeiro Emprego. Jaques Wagner disse desconhecer a dimensão da reforma ministerial que está sendo analisada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. ?Por enquanto o assunto está restrito ao presidente da República. Em nenhuma reunião ministerial de que participei esse tema foi discutido?, disse o ministro.
?É óbvio que se sabe que vai haver alguma reforma (ministerial). A dimensão dela deve estar sendo discutida hoje (ontem) pelo presidente com os ministros da Casa?, acrescentou. Jaques Wagner disse também que seu ministério está disponível para receber as denúncias de atraso de pagamento de salários pelas prefeituras.
Segundo informações da Confederação Nacional dos Municípios, servidores de 1.320 prefeituras não receberam o 13.º salário e 2.050 prefeitos atrasaram o pagamento dos salários dos funcionários em até sete meses. ?O Ministério do Trabalho pode fiscalizar. O ato de denunciar e de processar eventualmente, a Prefeitura, no caso de atraso do 13.º, é do Ministério Público do Trabalho e da Justiça do Trabalho. Eu acho que é ruim. O décimo terceiro faz falta também no comércio para o crescimento da economia, mas não quero fazer um julgamento apressado dessas prefeituras por não terem pago o décimo terceito até 20 de dezembro passado?, concluiu o ministro.
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