O secretário estadual de Economia e Planejamento de São Paulo, Emanuel Fernandes, esclareceu hoje que o ajuste fiscal que o governo paulista fará corresponde a um valor total de R$ 1,5 bilhão, incluindo cortes no custeio e no investimento. Segundo ele, R$ 1,259 bilhão serão cortados dos investimentos e R$ 315 milhões do custeio. “A margem de manobra está nas secretarias que não mexem necessariamente com o atendimento ao público no dia a dia”, afirmou. “Faremos o ajuste em um nível que seja suportável.”
Segundo Fernandes, ficarão de fora do corte despesas pessoais, Defensoria Pública, Justiça, Ensino Superior, Educação, Saúde e Segurança. A intenção do governo é observar o comportamento da economia e rever o ajuste no fim do primeiro trimestre. “No final do trimestre, será feita uma avaliação para ver como anda a curva da receita e a nossa intenção é liberar (os recursos)”, afirmou.
O vice-governador Guilherme Afif Domingos disse que as obras que já estão em andamento não serão paralisadas. Porém, reconheceu que as obras que estão no Orçamento, mas que ainda não foram iniciadas, devem sofrer atrasos. Mais cedo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, havia afirmado que o R$ 1,5 bilhão referia-se apenas aos cortes nas despesas de custeio.