O presidente da Comissão de Finanças do Congresso da Venezuela, Ricardo Sanguino, disse nesta terça-feira que o governo do país vai realizar uma reforma fiscal para melhorar a execução do Orçamento e a arrecadação de impostos.
De acordo com Sanguino, a reforma representa uma “nova etapa” do governo do presidente Hugo Chávez. Segundo a emissora de televisão Venevisión, Sanguino afirmou que a Assembleia Nacional está adiantando o processo da reforma fiscal, a pedido do ministro de Planificação e Finanças, Jorge Giordani. Ele não deu detalhes, entretanto, dessas “iniciativas de caráter legislativo”.
Ontem, o vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, havia anunciado que o governo implementaria novas medidas econômicas a partir de hoje. Em 13 de fevereiro entrou em vigência uma desvalorização cambial de 47%, que levou o bolívar para 6,3 por dólar. Na ocasião as autoridades negaram que a medida estivesse relacionada com questões fiscais, mas analistas afirmam que o objetivo do governo é reduzir o déficit orçamentário.
Apoiada nos altos preços do petróleo, a administração Chávez impulsionou os gastos públicos nos últimos anos, o que elevou a folha de pagamento do governo para 2,680 milhões de pessoas, além de financiar programas sociais para os setores mais pobres da população. Em 2012 os gastos cresceram 20%, o que elevou o déficit orçamentário para 15% do PIB, segundo estimativas de bancos de investimento.
A Assembleia Nacional aprovou no fim do ano passado um Orçamento de 396,406 bilhões de bolívares (cerca de US$ 62,921 bilhões) para 2013, um aumento de 33% em relação a 2012. As informações são da Associated Press.