Engrossando o rol das críticas à intenção da equipe econômica de elevar tributos em 2018 na tentativa de reequilibrar as contas públicas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgou nota classificando a proposta de “retrocesso”.
O presidente da CNI, Robson Andrade, destacou que, ao estudar a elevação dos tributos para alcançar a meta fiscal, “o governo dá um sinal errado, na hora errada”. Ele alegou que o aumento das receitas depende do crescimento da economia. Por isso, em sua opinião, neste momento o equilíbrio das contas públicas depende da revisão dos gastos do governo e da implementação de reformas importantes para a economia, como a da Previdência Social.
“Um eventual aumento dos tributos ampliará a recessão, pois retirará recursos do consumo, da produção e da geração de empregos”, disse Andrade, presidente da entidade, referindo-se à possibilidade de criação de uma nova alíquota de Imposto de Renda para pessoa física, revisão de desonerações e o Reintegra, programa que restitui parte dos tributos pagos pelos exportadores.
O estudo das medidas pela equipe econômica foi antecipado ontem pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, e confirmado durante o dia de hoje pelo presidente Michel Temer e pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
“Outro aumento de impostos será mais um retrocesso para o Brasil e frustrará as expectativas de que 2018 seria melhor do que 2017”, disse Andrade.