O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, anunciou nesta tarde o corte de R$ 21,6 bilhões do Orçamento e a previsão de crescimento econômico em 2009 para 2% do Produto Interno Bruto (PIB). A inflação esperada para o ano, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo, é de 4,5%; a Selic média, de 10,80%; e a taxa de câmbio média, de R$ 2,30.

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O governo decidiu também manter a meta de superávit primário em 3,8% do PIB, mas Paulo Bernardo explicitou que para alcançar esta meta será necessário utilizar a margem do Projeto Piloto de Investimentos (PPI), que pode chegar a até 0,5% do PIB.

O decreto de programação financeira divulgado pelo Ministério do Planejamento prevê que as receitas neste ano vão somar R$ 756,9 bilhões, o equivalente a 24,48% do PIB. O volume é R$ 48,4 bilhões menor do que o previsto anteriormente pelo governo. A carga tributária anteriormente esperada pelo Planejamento era de 25,52% do PIB.

De acordo com os cálculos do governo, a receita líquida em 2009 será de R$ 629,7 bilhões, o equivalente a 20,37% do PIB. Antes, o governo previa que a receita líquida, que já desconta as transferências a Estados e municípios, seria de R$ 662,1 bilhões em 2009, o equivalente a 20,98% do PIB.

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Do lado das despesas, o governo prevê para este ano gastos de R$ 600,4 bilhões, o equivalente a 19,42% do PIB. A queda em termos nominais é de R$ 9,4 bilhões, mas, em relação ao PIB, houve aumento de 0,1 ponto porcentual ante a projeção anterior.