Depois do anúncio da nova meta fiscal de 2014, o governo brasileiro anunciou, nesta sexta-feira, 28, um superávit primário do Governo Central – que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – de R$ 12,954 bilhões, o equivalente a 3,12% do Produto Interno Bruto (PIB). O resultado é o sexto maior da série para o mês. No trimestre de novembro de 2013 a janeiro de 2014, o superávit atingiu a marca de R$ 56,456 bilhões. O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse na entrevista de janeiro que seria o melhor trimestre da história.
Esse é o primeiro resultado fiscal após a divulgação da meta fiscal de 1,9% do PIB para este ano e do bloqueio de R$ 44 bilhões nas despesas do Orçamento da União – medidas que foram bem recebidas pelo mercado financeiro. Os primeiros dados fiscais estavam sendo aguardados pelos economistas, que por enquanto estão dado um voto de confiança no compromisso do governo de cumprir a meta de superávit, depois de um período de perda de credibilidade da política fiscal nos últimos dois anos.
O superávit de janeiro apresentou uma queda de 50,7% em relação o obtido no mesmo mês do ano passado e retração de 10,4% em comparação a dezembro de 2013. Enquanto as despesas do governo central cresceram 19,5%, as receitas avançaram 6,6% em relação ao mesmo período do ano passado. As receitas totalizaram R$ 125,062 bilhões e as despesas somaram R$ 90,112 bilhões em janeiro.
As contas do Tesouro Nacional apresentaram um superávit primário de R$ 17,462 bilhões. Já as contas da Previdência Social registraram déficit de R$ 4,595 bilhões e as do BC ficaram positivas em R$ 87,4milhões. Augustin já havia antecipado em janeiro que o resultado do trimestre (de novembro de 2013 a janeiro deste ano) seria recorde, tentando ajudar a reforçar a confiança dos investidores nas metas fiscais.
O governo conta com a melhora dos resultados fiscais nos primeiros meses do ano para reverter o risco de rebaixamento da nota do Brasil pelas agências de classificação de risco.