Apesar de o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, ter enfatizado, nesta quarta-feira, 29, que o governo Dilma Rousseff está começando uma reversão no quadro fiscal do País, as contas do governo no primeiro trimestre tiveram o pior resultado dos últimos 17 anos, ou seja, desde 1998. No primeiro trimestre de Joaquim Levy à frente do ministério da Fazenda, o esforço fiscal sofreu forte queda, com um resultado 68,5% menor que o do mesmo período de 2014.

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A série histórica é apresentada pelo Tesouro Nacional desde 1997. De janeiro a março, foi registrado um superávit primário de R$ 4,48 bilhões, contra R$ 13,12 bilhões no ano passado. No trimestre, as receitas do governo recuaram 4% em valores reais, enquanto as despesas caíram menos (2,3%). De acordo com o secretário, a queda das receitas mostra um pouco a contração da economia. “Isso claramente reflete nas receitas arrecadadas pela União”, disse.

O secretário do Tesouro afirmou que o resultado mostra que o governo está buscando a consolidação fiscal. “É uma sinalização de mudança do esforço fiscal. Não é aquilo que pretendíamos, mas mostra uma sinalização de reversão em relação ao mês de fevereiro”, comentou. Em março, o governo federal teve superávit de R$ 1,46 bilhão, revertendo o déficit apresentado no mês anterior. O resultado, entretanto, foi 54% menor que o de março do ano passado.

Saintive ressaltou que há espaço para novas medidas de aumento das receitas e que o órgão está “trabalhando para isso”. Segundo ele, a palavra final sobre esse tipo de decisão cabe ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. E que possíveis novas medidas dependerão da consolidação do esforço fiscal.

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