Em meio ao duro embate político em torno da aprovação do ajuste fiscal, o Tesouro Nacional anunciou, nesta terça-feira, 30 o, um déficit primário de R$ 7,357 bilhões em fevereiro das contas do Governo Central. É o primeiro resultado negativo do Governo Central – que reúne as contas do Tesouro, Previdência Social e Banco Central – apresentado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Trata-se também do pior resultado para o mês desde 1997, quando começa a série histórica do dado.

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O resultado de fevereiro foi pior do que a mediana estimada pelo mercado financeiro, positiva em R$ 200 milhões, e também ficou abaixo do piso do intervalo das expectativas, que variaram de déficit de R$ 5,9 bilhões a um superávit primário de R$ 3 bilhões, conforme coleta do AE Projeções.

A abertura do dado mostra que o Tesouro Nacional teve um déficit de R$ 1,504 bilhão; o INSS, um saldo negativo de R$ 5,651 bilhões e o BC, um déficit de R$ 140,5 milhões. O resultado já conta com o impacto de parte dos efeitos de medidas anunciadas pela equipe econômica no início do ano. O déficit seria maior se não fosse uma receita extraordinária de R$ 4,64 bilhões obtida pela Receita Federal por causa de uma operação de transferência de ativos.

Com o déficit de fevereiro, o superávit primário do Governo Central caiu para R$ 3,093 bilhões no ano, no pior resultado no primeiro bimestre desde 2009. Em 12 meses, o Governo Central acumula um déficit de R$ 24,9 bilhões, o equivalente a 0,48% do Produto Interno Bruto (PIB).

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As despesas do Governo Central somaram R$ 171,4 bilhões no primeiro bimestre, com ligeira alta ante os R$ 171,3 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. Já as receitas caíram para R$ 174,6 bilhões no primeiro bimestre, ante uma arrecadação de R$ 182,1 bilhões nos dois primeiros meses de 2014.