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O governo central (Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social) teve um superávit primário, o dinheiro economizado para o pagamento de juros, de R$ 52,865 bilhões no ano até novembro, valor 16,8% maior do que os R$ 45,247 bilhões registrados no mesmo período de 2003. O valor também supera a meta anual de economia do setor público com um todo, de cerca de R$ 45 bilhões (4,5% do PIB), que foi cumprida ainda em setembro pelo governo central.

No entanto, o superávit de novembro caiu para R$ 1,759 bilhão, valor 63% menor do que o apurado em outubro, que foi de R$ 4,822 bilhões. A arrecadação em outubro foi marcada pelo aumento das receitas com o Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e da CSLL.

Além da base de comparação, essa queda do superávit em novembro se deve aos gastos com o pagamento da primeira parcela do 13.º salário e ao repasse a estados e municípios, que aumentou no mês passado.

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O saldo de R$ 1,759 bilhão do mês passado é resultado do superávit de R$ 4,246 bilhões registrado pelo Tesouro Nacional, descontados os déficits de R$ 2,461 bilhões da Previdência Social e de R$ 25,8 milhões do Banco Central.

A receita líquida acumulada entre janeiro e novembro pelo governo central somou R$ 314,403 bilhões, um aumento de 18% na comparação com o mesmo período de 2003, quando ficou em R$ 266,447 bilhões.

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Já as despesas somaram R$ 261,5 bilhões, resultado 18,21% menor que os R$ 221,2 bilhões de 2003.

Segundo o Tesouro, as despesas com benefícios assistenciais e as demais despesas de custeio de capital têm crescido acima da média. Apenas com a Loas (Lei Orgânica da Assistência Social), a despesa foi de R$ 5,8 bilhões no ano, contra R$ 2,7 bilhões de 2003.

Já o aumento das receitas vieram pela elevação da alíquota da Cofins sobre entidades financeiras e da CSLL sobre as prestadoras de serviço, além da ampliação da base de arrecadação com a cobrança do PIS/Cofins sobre as importações.