Depois de muito espernear, o Brasil vai aceitar, ao menos num primeiro momento, que a União Européia (UE) limite a 300 o número de fazendas autorizadas a exportar carne para o bloco. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, avalia que essa é uma forma de manter abertos os canais de negociação com a região.
Ele acredita que será possível ampliar o número de exportadores, à medida que for demonstrado aos europeus que um número maior de propriedades cumpre as exigências de controle sanitário e de rastreabilidade do gado.
A venda de carne brasileira para a União Européia está suspensa desde o dia 1º de fevereiro. As exportações só deverão ser retomadas após a vinda de uma nova missão européia, que chega no dia 27 para vistoriar fazendas produtoras e deverá ficar no País até o dia 11 de março.
O aval brasileiro ao limite de 300 fazendas exportadoras, ainda que temporário, contrasta com o tom duro adotado pelo governo desde o início da crise.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, chegou a afirmar, em visita à Espanha, há duas semanas, que a limitação do número de propriedades exigida pelos europeus era ?descabida? e poderia comprometer um futuro acordo comercial entre o Mercosul e a União Européia.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo