O governo brasileiro está disposto a “tirar o pé” nas bondades oferecidas para a Argentina, como a concessão de crédito e financiamento, se não forem resolvidas questões comerciais, como o atraso na liberação de licenças de importação para as empresas brasileiras. É cada vez mais forte na área econômica a percepção de que os temas não podem ser tratados em separado. “Precisamos de uma atualização da nossa diplomacia”, disse uma fonte.

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O Ministério da Fazenda, que está ganhando poder na relação com os países vizinhos, é contrário a uma abordagem “abrasiva” contra a Argentina, mas também não concorda com permanecer “inerte”.

A estratégia é marcar uma reunião de alto nível entre funcionários dos dois países e dar a entender que o Brasil pretende ser menos simpático aos pedidos argentinos de financiamentos para infraestrutura ou concessão de crédito. Uma oportunidade poderia ocorrer na reunião dos presidentes do Mercosul, nos dias 23 e 24 de julho, ou na reunião bilateral, que estava marcada para a próxima semana, mas foi adiada para dia 28. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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