O governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), autorizou hoje o lançamento do edital da concessão dos trechos Sul e Leste do Rodoanel. Com isso, espera-se que o edital seja lançado ainda neste mês. O período da concessão dos dois trechos será de 35 anos. A tarifa básica quilométrica de referência estipulada pelo governo é de R$ 6 para o trecho Sul e de R$ 4,50 para o trecho Leste. Ganhará a licitação a empresa ou consórcio que oferecer o maior desconto sobre as tarifas, que serão reajustadas anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Quem ganhar o trecho Sul do Rodoanel, com 61,4 quilômetros de extensão, fica obrigado a construir 42,4 quilômetros do trecho Leste em até 36 meses, a contar da assinatura do contrato. O projeto demandará investimentos totais de R$ 5 bilhões, mais uma outorga fixa de R$ 370 milhões e o pagamento mensal, de praxe no setor, de 3% da receita bruta do pedágio e das receitas acessórias da administradora dos trechos.
Dado o forte fluxo de veículos na região, a licitação dos trechos Sul e Leste do Rodoanel é muito esperada pelas empresas. O projeto visa aliviar o tráfego das marginais da cidade de São Paulo. Contudo, por exigir a construção, do zero, de infraestrutura rodoviária no trecho Leste, o projeto embute riscos mais pronunciados que outros do gênero.
Além de risco de construção civil, o mercado está atento a riscos potenciais com desapropriações, que consumirão R$ 1,157 bilhão do total de R$ 5 bilhões que será investido pela iniciativa privada nos trechos Sul e Leste do Rodoanel. Deverão ser desapropriadas 1.071 edificações para a construção do trecho Leste, em 743 hectares, das quais 72% estão em área urbana. Os custos adicionais com desapropriações serão arcados pelo vencedor da licitação dos trechos Leste e Sul do Rodoanel.
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