Governo assina contrato de concessão de Jupiá e Ilha Solteira com a CTG

O ministro interino de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, assinou nesta terça-feira, 5, o contrato de concessão com a China Three Gorges (CTG) para a operação das usinas de Jupiá e Ilha Solteira pelos próximos 30 anos. Os chineses arremataram as hidrelétricas no leilão realizado no fim de novembro do ano passado e vão bancar o pagamento de R$ 13,8 bilhões do total de R$ 17 bilhões arrecadados pelo governo no certame.

Controlada pelo governo chinês, a CTG é a operadora de Três Gargantas, a maior hidrelétrica do mundo. Com a concessão das usinas de Jupiá e Ilha Solteira – antes controladas pela estatal paulista Cesp – a Three Gorges passará a ser um dos maiores agentes do mercado de geração também no Brasil, com uma potência instalada de 4.995 MW nas duas hidrelétricas.

“Grandes hidrelétricas fazem parte do DNA da Three Gorges. A CTG do Brasil tem somente dois anos no País, mas já está presente em dez Estados brasileiros. Nossa intenção é trabalhar com energia limpa”, afirmou o presidente do grupo chinês, Lu Chun. “Cumpriremos todas as cláusulas do contrato de concessão de Jupiá e Ilha Solteira”, completou o executivo.

Barata destacou a importância das duas usinas localizadas no Rio Paraná para o parque de geração brasileiro, pelo potencial de produção e pela proximidade aos principais centros consumidores de eletricidade do País.

Os demais contratos – referentes às demais 27 usinas do leilão – foram assinados mais cedo pelo MME. No certame, a Cemig arrematou por R$ 699,6 milhões o lote D, formado por 18 usinas localizadas em Minas Gerais. Já a Copel manteve o controle da usina Parigot de Souza, porém as usinas Mourão I e Paranapanema passarão a ser operadas pela italiana Enel. O lote B prevê o pagamento de R$ 735,5 milhões de bônus de outorga, dos quais R$ 574,8 milhões referentes à usina Parigot de Souza.

A Celesc pagará R$ 228,6 milhões pelos ativos do lote C, incluindo usinas que já pertenciam a ela.

A também estatal estadual Celg venceu a disputa com o Consórcio Juruena pelo lote A, a única concorrência do leilão, e manterá o ativo em Goiás, pagando R$ 15,8 milhões ao governo.

Os R$ 11,05 bilhões referentes à primeira parcela dos pagamentos das outorgas foram depositados ontem pelas companhias. Os R$ 5,95 bilhões restantes deverão ser pagos pelas empresas em até 180 dias.

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