O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta segunda-feira (13) que o governo age para que a força do mercado interno possa compensar as carências da economia internacional. No programa semanal de rádio “Café com o Presidente”, Lula citou como exemplos de investimentos para fortalecer o mercado do Brasil os incentivos à construção civil e à venda de carros novos, as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), os projetos da Petrobras e as medidas para beneficiar os bancos pequenos.
“Nós queremos gerar empregos para todos. Obviamente, você gerando mais empregos na construção civil, você vai gerar um consumidor, que vai gerar mais empregos na indústria, que vai precisar contratar gente mais profissionalizada e a economia volta a funcionar, normalmente, gerando a riqueza e as oportunidades de emprego que tanto nós precisamos”, afirmou, mencionando o programa “Minha Casa, Minha Vida”, que prevê construir um milhão de casas e cujo cadastro dos interessados tem início nesta segunda-feira.
“Aos poucos, nós estamos tomando conta da situação econômica e fazendo com que o Brasil dê, para dentro de si, as respostas que os brasileiros esperam que o Brasil dê”, afirmou. Ele disse que o plano de construção de habitações leva um tempo de “maturação”, mas que é um projeto “suntuoso” e “arrojado”.
De acordo com Lula, a proposta é um desafio para a administração federal, prefeituras, governos de Estados e empresários. O presidente disse que esse desafio permitirá um “amadurecimento” para que se dê “respostas” ao déficit habitacional e à criação de empregos.
No Brasil, declarou, precisa-se de muito investimento em infraestrutura porque aqui ainda não há ferrovias, portos, aeroportos e estradas o suficiente. “Por isso, estamos com o PAC fazendo grandes investimentos em infraestrutura, por isso estamos incentivando a Petrobras a fazer os investimentos de US$ 178 bilhões que ela tem de fazer, para que a gente possa não só explorar o pré-sal (camada de reservatórios localizada abaixo do leito marinho), como construir os gasodutos, as plataformas, as sondas e os navios que precisamos construir”, garantiu.
Quanto à área automotiva, Lula julgou que é preciso facilitar a venda de veículos. Conforme o presidente, o Poder Executivo tomou as medidas necessárias e, “certamente”, adotará outras, se preciso. “Quando fizemos a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóvel, nós sabíamos da importância da cadeia produtiva automobilística. Eles representam, aproximadamente 24% a 25% do PIB (Produto Interno Bruto) industrial brasileiro”, explicou.