À medida que o mercado mundial de smartphones dá sinais de saturação – o ritmo de crescimento deve cair de 27%, em 2013, para 9,8%, em 2017, segundo a ‘Bloomberg’ -, as maiores companhias do setor começam a indicar que a próxima aposta será o “computador para vestir”.
A Samsung disse recentemente que desenvolve há muito tempo um “relógio inteligente”. A Apple, segundo pessoas próximas à companhia, tem 100 designers trabalhando num produto para o pulso que terá funções semelhantes às de um iPhone. Agora, o Google, segundo o Financial Times, é outro gigante que também quer vender relógios.
O jornal diz, citando uma fonte, que o relógio inteligente do Google está sendo desenvolvido na unidade do Android, nome da plataforma da companhia que embarca a maior parte dos smartphones vendidos no mundo. Isso representaria a intenção de fazer o aparelho de pulso funcionar como uma extensão dos celulares com o sistema operacional.
O Google não comentou a informação. Mas uma patente aprovada no ano passado reforça o rumor. O documento diz que o relógio inteligente (smartwatch, em inglês) teria uma tela “flip”, que provavelmente pode ser levantada, “interface de usuário tátil”, processador e conexão à rede sem fio.
O projeto da gigante de buscas, segundo o Financial Times, não teria relação com o da Samsung – a fabricante que mais vende Androids no mundo. Há o rumor também de que a LG, outra parceira da plataforma do Google, estaria investindo em um relógio similar. Essa possível competição, para analistas, estaria fazendo as empresas correrem com seus projetos.
Viabilidade
Não está claro como funcionarão esses relógios ou se os projetos serão comercialmente viáveis. O Pebble, smartwatch que conseguiu mais de US$ 10 milhões no site de financiamento coletivo Kickstarter, exibe notificações recebidas no smartphone e serve para controlar música no iPod. Mas não é possível atender uma ligação ou responder mensagens. É apenas um alerta útil para quando o celular estiver fora do alcance. A empresa já entregou mais de 30 mil relógios a pessoas que participaram do financiamento.
O Sony Smartwatch, que ainda não alcançou popularidade, desempenha funções parecidas – e está à venda no site brasileiro da marca por R$ 599.
Já os óculos inteligentes do Google (Google Glass) são capazes de gravar vídeos, tirar fotos, fazer buscas, ligações e exibir mapas. O produto pode ser comprado por US$ 1,5 mil por residentes americanos que vencerem um concurso cultural promovido pela empresa.