O executivo-chefe da General Motors, Fritz Henderson, não quis prever quando a montadora vai voltar à lucratividade e minimizou as preocupações com potenciais interferências operacionais do governo dos EUA na companhia. Em entrevista coletiva em Nova York, Henderson também afirmou que a equipe administrativa da GM enfrentará mudanças nos próximos 60 dias, enquanto a empresa trabalha para sair da concordata.

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“Como uma equipe de liderança, nós vamos nos concentrar em produtos e consumidores”, disse o executivo. Henderson não respondeu questões sobre uma potencial influência do governo dos EUA nas operações da GM, dizendo que não prevê uma cenário no qual o governo vá tentar comandar o desenvolvimento de novos produtos.

O plano de reestruturação da GM não contém metas para lucro e Henderson não fez maiores comentários além da intenção declarada de equilibrar lucros e prejuízos em meio a uma taxa de vendas anualizada de 10 milhões de veículos em todo o setor automotivo dos EUA. A companhia não registra lucro desde 2004 e apenas suas operações na América Latina geraram ganhos no primeiro trimestre deste ano.

Henderson apelou aos contribuintes e consumidores dos EUA para darem à companhia uma nova chance. A perda de mais consumidores tem sido o maior temor da montadora no processo de concordata. A receita da GM despencou quase 50% no primeiro trimestre deste ano, conforme as preocupações com a concordata assustaram consumidores já afetados pela crise econômica global.

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O executivo afirmou ainda que a concordata da GM nos EUA não vai afetar as operações em outras regiões. A companhia está vendendo a Opel, unidade da GM na Alemanha, e Henderson afirmou que a montadora continuará tendo uma fatia minoritária na subsidiária europeia. A companhia também está reconsiderando uma joint venture com a japonesa Toyota Motor para construção de veículos em uma fábrica na Califórnia.

Henderson disse que a concordata vai dar à GM uma oportunidade para estabilizar seu balanço financeiro, apesar de essa não ter sido a preferência da empresa. “Embora nossa preferência tenha sido criar uma nova GM por um caminho diferente, o que importa agora é levar a GM até seu destino”, disse. As informações são da Dow Jones.

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