A direção da General Motors do Brasil manteve na sexta-feira (12) declarações de que, mesmo com a difícil situação da matriz nos Estados Unidos, a filial brasileira “tem recursos próprios para operar normalmente suas atividades e reinvestir no País”. O presidente da empresa, Jaime Ardilla, ainda aposta que “alguma solução será encontrada” para ajudar a companhia-mãe a enfrentar a crise atual.
A GM do Brasil tem em andamento programa de investimentos de US$ 1,5 bilhão que inclui uma fábrica de motores em Santa Catarina e o lançamento, em 2009 e 2010, de uma nova família de veículos. O grupo também espera, para 2009, a aprovação de um novo aporte de US$ 1 bilhão para ser aplicado na renovação de toda a sua linha de produtos até 2012. Na mesma linha, o presidente da Ford do Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira, disse que a subsidiária tem aval da matriz para reverter seus ganhos no País em aportes locais. A Ford tem um plano de investimentos de R$ 3,4 bilhões no Brasil no período de 2007 a 2011.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se declarou “decepcionado ao saber que o Congresso americano não aprovou o dinheiro para a General Motors, a Ford e a Chrysler”, referindo-se à recusa do Senado dos EUA em conceder ajuda às montadoras. Segundo o presidente, “se essas empresas quebram, será um problema sério, porque haverá milhões de desempregados”. Ele ressaltou que, aqui, essas empresas “estão bem”. Lula acusou o governo norte-americano de colocar “trilhões” nos bancos, enquanto “aqui estamos colocando dinheiro na produção”. Lembrando a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para os automóveis, adotada na quinta-feira, Lula fez um apelo, dirigindo-se aos jornalistas: “Comprem o carro que vocês prometeram para suas esposas, suas namoradas e para vocês mesmos.” Lula fez as declarações em Itajaí, depois de sobrevoar áreas afetadas pelas chuvas em Santa Catarina. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.