A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, destacou nesta quinta-feira, 22, em reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República (CDES), realizada no Palácio do Planalto, a redução dos juros praticada recentemente no Brasil. “Atingimos o menor patamar da história entre novembro de 2012 e março de 2013 em 7,25%”, disse. Logo depois, falou sobre os motivos que levaram à elevação da taxa básica. “Tivemos uma recomposição em razão do processo inflacionário, mas temos taxas de juros bem menores do que praticamos no nosso histórico”, destacou a ministra. Atualmente a Selic está em 8,50% ao ano.
No discurso de hoje no CDES, Gleisi destacou que o Executivo não está deixando de lado a preocupação com a estabilidade. “Estamos construindo um modelo de desenvolvimento sem abrir mão dos pressupostos da estabilidade econômica”, disse. E ela reforçou que o mercado interno continua sendo um importante motor para impulsionar a economia nacional. “Com o foco na consolidação do mercado do consumo interno, temos no Brasil muito espaço para o mercado de consumo”, afirmou.
A ministra-chefe da Casa Civil afirmou ainda que, muitas vezes, há uma discussão “não realista” envolvendo consumo e investimento. “Ambos, consumo e investimento, são necessários”, destacou a ministra. “O consumo sustenta também o crescimento da economia. Precisamos a retomada dos investimentos privados com a qualificação do capital humano”, afirmou.
Gleisi disse que sem investimentos privados não será possível fazer frente aos desafios do Brasil. E lembrou que os investimentos em infraestrutura “começam a sair no segundo semestre”, com editais de licitação nesse setor. “Não podemos sossegar enquanto tiver brasileiro abaixo da linha de miséria”, afirmou.
Hoje o CDES realiza a reunião “Pactos e a Nova Transformação Brasileira”, coordenada pelo ministro interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos Marcelo Neri e pela ministra da Casa Civil Gleisi Hoffmann. O objetivo é promover um diálogo entre os conselheiros e pesquisadores do Ipea e os principais dirigentes dos ministérios afetos ao pactos e promover um debate sobre a natureza e a extensão das transformações pregressas, atuais e prospectivas, a fim de subsidiar a formulação de inovações na ação pública, informa o site do conselho.