Apesar de a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) ter ficado pelo segundo mês consecutivo incompleta, a análise dos dados de junho para quatro das seis regiões metropolitanas do País mostra que o cenário de baixa geração de vagas continua, observou a técnica Adriana Beringuy, da Coordenação de Trabalho e Rendimento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “A ocupação não tem crescido como antes. As taxas de crescimento da população ocupada têm sido mais discretas do que o já observado na série histórica”, afirmou.

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Segundo a técnica, as taxas de desemprego nas regiões metropolitanas de Recife, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo ficaram menores na comparação anual devido à redução no contingente de desocupados. Mas isso não significa que essas pessoas conseguiram emprego. No Rio e em São Paulo, principalmente, houve aumento no grupo dos inativos.

No Rio, a taxa de desemprego caiu de 5,3% em junho do ano passado para 3,2% em igual mês deste ano. No período, foram geradas apenas sete mil vagas. Por outro lado, 123 mil desocupados deixaram o mercado de trabalho, parte provavelmente engrossando o grupo de 224 mil que entraram na chamada população não economicamente ativa.

Em São Paulo, não foi diferente. Apenas duas mil vagas foram geradas entre junho do ano passado e igual mês deste ano. No entanto, 164 mil deixaram de ser desocupados, enquanto 354 mil migraram para a inatividade. A taxa de desemprego, na comparação anual, desceu de 6,6% para 5,1%.

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“Não tem redução da população ocupada, mas também não está expandindo. Hoje, para o contexto das quatro regiões metropolitanas, o cenário é de estabilidade, em que não há movimento significativo de geração de postos de trabalho”, afirmou Adriana. “Há uma redução da procura por trabalho. Assim, há menos pessoas fazendo pressão sobre o mercado”, acrescentou.