A energia renovável será a que mais contribuirá para a diversificação da matriz energética na próxima década, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim. A perspectiva é de queda da participação da geração hidrelétrica, segundo ele, que deve ser compensada, principalmente, pelo aumento da produção de energia eólica. As renováveis devem responder por metade do crescimento da capacidade de geração no País.

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Ao todo, o esperado é a entrada de 72,7 mil megawatts (MW) de capacidade de geração de eletricidade em dez anos, dos quais 41,5 mil MW já foram contratados em leilões realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). “Do ponto de vista do planejador, a preocupação é com 2020. Para 2018 e 2019, (a energia) já está contratada e (as usinas) em construção”, afirmou Tolmasquim, no seminário “Brazil Energy and Power”, organizado pela Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham).

Apenas em geração hidrelétrica serão acrescidos 27 mil MW na próxima década, das quais 19 mil MW estão em construção, de acordo com a EPE.

Tolmasquim ressaltou a importância da entrada de novas fontes de geração de energia nos últimos anos para evitar o racionamento em um cenário de seca e de dificuldade de geração hidrelétrica. De 2001 a 2014, a entrada em operação de usinas térmicas foi o fator de maior contribuição para que o racionamento fosse evitado, disse Tolmasquim.

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O crescimento da capacidade de geração térmica foi de 13% ao ano, enquanto, no mesmo período, a evolução do consumo de energia no País foi de 5% ao ano.