Geração de emprego deve ser maior este ano

Depois de um ano difícil em termos de geração de emprego, com a desaceleração sendo verificada a cada mês, 2006 promete finalmente reverter a situação. Pelo menos é essa a expectativa do economista Sandro Silva, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, regional Paraná (Dieese-PR). Com base nos números de janeiro e diante do cenário econômico atual, Silva aposta que haverá uma reversão de tendência.  

?A tendência é que 2006 seja melhor do que foi 2005, mas não tão bom como 2004?, resumiu o economista. A considerar os números de janeiro, as expectativas são de fato positivas. O Paraná fechou o mês com saldo de 6.864 novos empregos, o que representou crescimento de 0,39% na comparação com dezembro. Em número absoluto, foi o melhor saldo de empregos no mês desde 1992. Até então, o melhor janeiro havia sido o de 2004, quando foram criados 6.158 empregos. Já em relação ao índice, foi o segundo melhor janeiro – atrás de 2001, quando houve crescimento de 0,42%. Em 2004, ano considerado excepcionalmente positivo, o nível de emprego foi o mesmo desse ano: 0,39%.

Entre os fatores que estão influenciando a abertura de novos postos de trabalho, destaque para a inflação em queda e a taxa de juros que também vem caindo – ?apesar de ainda estar em patamar elevado?, ponderou o economista. Além disso, por se tratar de um ano eleitoral e de Copa do Mundo, estão sendo aguardados novos investimentos e mais empregos.

É o caso da construção civil, que já começou a se beneficiar com a operação ?tapa-buraco?. Em janeiro, foi o setor que mais empregou – 2.080 vagas e crescimento de 3,36%. Outros setores com números positivos foram ?outros serviços? (1.635 vagas), hotéis e restaurantes (813) e indústria química e farmacêutica (514). Já entre os segmentos que tiveram queda no saldo de empregos, destaque para o ensino (-497), comércio varejista (-153) – os dois por questões sazonais – e transporte e comunicação (-120).

Na comparação com outros estados, o Paraná ficou na 12.ª posição no ranking, com crescimento de 0,39% no nível de emprego – acima da média nacional de 0,33%.

No acumulado dos 12 meses, o Paraná gerou 76.038 empregos, com crescimento de 4,43% – abaixo da média brasileira, que ficou em 4,93%. Os setores que mais empregaram no período foram o comércio varejista (21.418 postos de trabalho), indústria de alimentos e bebidas (10.614), outros serviços (9.111), hotéis e restaurantes (8.002), transporte e comunicação (7.399) e construção civil (3.871). A maior queda foi registrada no setor de madeira e mobiliário (-4.720).

RMC

Na Grande Curitiba, o saldo de empregos foi de 3.457 em janeiro – segundo melhor desempenho desde 92, atrás apenas de 2005, quando foram abertas 4.099 vagas. Em percentual, o nível de emprego cresceu 0,49% em janeiro, bem acima da média das nove regiões metropolitanas do País, que ficou em 0,29%. Já no acumulado dos 12 meses, o desempenho da Grande Curitiba foi pior que a média: 4,76% contra 5,44%. Entre os subsetores que mais empregaram na RMC em janeiro, destaque para a construção civil (864 vagas), serviços como vigilância e outros (730), hotéis e restaurantes (719) e indústria mecânica (286). 

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