A GEO Energética inicia neste mês de maio as obras de ampliação da sua planta industrial em Tamboara, no noroeste do Paraná. Com capacidade instalada para gerar 4MWs de energia elétrica, a unidade será ampliada em mais 8 MWs, em duas etapas, para gerar um total de 12 MWs de energia. Neste ano, serão investidos R$ 16 milhões nas obras, sendo parte de recursos próprios e parte de recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A GEO já possui projetos para outras duas futuras ampliações: 16 MWs e 40MWs.
As obras de ampliação serão realizadas em duas etapas. A primeira deverá consumir dez meses de trabalhos com a construção de um novo biorretaor horizontal, implementação de um novo sistema de dessulfurização para a limpeza e purificação do biogás e instalação de mais um transformador de 5 MWs para aumentar a capacidade da subestação de energia elétrica. Essa primeira etapa deve entrar em operação em janeiro de 2015, aumentando a capacidade instaladas da planta para 7 MWs. Em seguida, inicia-se a segunda etapa da ampliação, com a construção de um novo biorreator vertical. A segunda etapa deverá ser concluída no final de 2015, quando a planta da GEO Energética atingirá a capacidade de produzir 12 MWs de energia com cinco grandes biorreatores (dois horizontais e três verticais).
Inaugurada em 2012, a planta da GEO Energética em Tamboara já consumiu investimentos da ordem de R$ 42 milhões. Outros R$ 12 milhões foram investidos pela empresa somente em pesquisas. Em 2014, além dos R$ 16 milhões que serão usados na ampliação da planta, a GEO investirá outros R$ 14 milhões em novas pesquisas para a produção de biogás no Brasil.
Alessandro Gardemann, diretor da GEO, explica que a ampliação é importante e necessária para o avanço das pesquisas. “Mais do que produzir biogás e energia elétrica, a planta de Tamboara tem parte da sua capacidade instalada utilizada para confirmação dos testes realizados em laboratório pelo Centro de Pesquisas GEO Energética. Isso é muito importante para que possamos avançar em ritmo mais acelerado nas novas soluções biotecnológicas que serão colocadas à disposição da agroindústria brasileira de um modo geral”, destaca.
Atualmente, a planta da GEO tem capacidade para processar até 300 toneladas de resíduos sólidos e 1.000 m³ de vinhaça/dia. A partir da reciclagem desse material, a empresa produz biogás, energia elétrica, biometano, adubos orgânicos e vapor. Hoje, a GEO é líder nacional na produção de biogás obtido a partir dos resíduos da indústria sucroalcooleira.
Além de ampliar sua planta industrial, a GEO vai avançar muito em pesquisas neste ano. A empresa acaba de obter um financiamento de R$ 160 milhões da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Esses recursos já começaram a ser investidos em novas pesquisas para aperfeiçoamento dos processos de biodigestão de diferentes biomassas, melhoria do processo de purificação do biogás, com a remoção do H2S e a redução dos níveis de umidade, aceleração do processo de concentração do biogás para a transformação em biometano e o uso do biometano em motores veiculares para substituição do diesel fóssil.