Genéricos são rejeitados por médicos, balconistas e consumidores

São Paulo –

Apesar de custar até 40% menos do que os produtos de referência (marca) e já ter sua eficácia comprovada, os medicamentos genéricos continuam de fora das receitas médicas e são boicotados nos balcões das farmácias. É o que mostra uma pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (Pró-Genéricos). Na primeira sondagem do gênero no país, foram ouvidas 1.250 pessoas, entre médicos, balconistas de farmácias e consumidores das cidades do Rio, São Paulo, Recife e Curitiba.

Ao visitar as farmácias, os pesquisadores se fizeram passar por consumidores e apresentaram uma receita médica com a indicação de um produto de marca. Em 34% dos casos, os balconistas ofereceram, sem que o cliente pedisse, medicamentos diferentes dos prescritos, geralmente um produto similar – que é uma cópia dos produtos de marca, mas não passa por testes de bioequivalência e equivalência farmacêutica.

Com 56%, Recife teve a maior incidência dessa prática, seguida por Curitiba (41%), São Paulo (29%) e Rio (23%).

“Isso é ilegal. O consumidor desatento é refém de práticas ilegais”, afirma a diretora-executiva da Pró Genérico, Vera Valente. Pela legislação, apenas os genéricos podem substituir os medicamentos constantes das receitas médicas.

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