Os Estados Unidos esperam que os líderes mundiais reunidos esta semana em Seul endossem um amplo acordo capaz de diminuir desequilíbrios comerciais excessivos e acreditam que as recentes divergências públicas sobre câmbio e conta corrente tenham sido exageradas, declarou nesta quarta-feira o secretário norte-americano do Tesouro, Timothy Geithner.
As discussões entre os países que integram o Grupo dos 20 (G-20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) subiram de tom nos últimos dias, uma vez que alguns participantes – preocupados com a possibilidade de seus superávits serem motivo de censura – rechaçam a ideia de adesão a metas rigorosas.
“Eu acho que isso exagera o nível do desacordo com relação aos desafios que teremos pela frente”, declarou Geithner a bordo do avião militar que o leva para a reunião do G-20 em Seul. “Esperamos ver o mesmo apoio amplo ao clima de cooperação acertado pelos ministros das Finanças duas semanas atrás”, prosseguiu.
No fim de outubro, os ministros das Finanças dos países do G-20 concordaram em manter a balança comercial em níveis sustentáveis. Os EUA pretendiam estabelecer limites claros que servissem como um sistema de alerta de desequilíbrios dentro do G-20 e contavam com o apoio da França e da Grã-Bretanha, mas a oposição de países superavitários como Alemanha e China forçou Washington a rever seus planos.
Ainda assim, o encontro de cúpula desta semana é promissor, especialmente na “ênfase à sustentabilidade externa”, acredita Geithner. “Nós achamos que é do interesse de todos diminuir a temperatura, desfazer as tensões e aceitar um processo multilateral que ajude a resolver essas pressões com um menor risco de estresse nos mercados financeiros e de pressão política”, declarou o secretário do Tesouro norte-americano. As informações são da Dow Jones.