O secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner, advertiu ontem que a economia mundial ainda precisa de estímulo e não está na hora de executar as “estratégias de saída”. “Nós já melhoramos muito, mas ainda precisamos melhorar muito mais”, disse a jornalistas. Geithner embarca hoje para o encontro dos ministros de finanças e presidentes de bancos centrais do G-20 (grupo das 20 maiores economias), que ocorre nos dias 4 e 5 em Londres.
“Quando nós estivermos confiantes sobre a recuperação da economia, aí sim, podemos começar a reverter as medidas de emergência.” Segundo Geithner, esse é um erro que já foi cometido no passado e deve ser evitado. “A história está cheia de exemplos de países que mudaram a estratégia prematuramente e sabotaram a recuperação, como os Estados Unidos nos anos 30”, disse. “Ainda não estamos prontos para desfazer as medidas de emergência.” Esse é o ponto que ele vai ressaltar na reunião de Londres. O encontro será uma preparação para a Cúpula do G-20, em Pittsburgh, nos dias 24 e 25 de setembro.
O secretário do Tesouro afirmou que os esforços conjuntos dos EUA e outros países ajudaram a resgatar a economia mundial “do abismo”. E disse que as estratégias de saída também terão de ser coordenadas entre as principais economias, ainda que os países estejam se recuperando em velocidades diferentes. O Brasil será representado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que adotará o mesmo tom Geithner na reunião. O discurso a ser adotado por ele é de que a crise não acabou e os países não devem abortar seus planos de reformas do sistema financeiro.
