O secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, esteve ontem na China para conversações com o vice-primeiro-ministro do país, Wang Qishan, após convite de última hora feito no sábado por Wang em Gyeongju (Coreia do Sul), onde ambos participaram do encontro do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mund). Segundo informou ontem o porta-voz do Tesouro dos EUA, Steven Adamske, ambos se reuniriam para um almoço de trabalho no aeroporto da cidade de Qingdao, na costa oeste da China, onde discutiriam questões econômicas bilaterais e “muitas outras coisas”.

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No encontro do G-20, os países concordaram em “mover-se em direção a sistemas de taxas de câmbio mais determinadas pelo mercado que reflitam os fundamentos econômicos subjacentes e freiem a desvalorização competitiva das moedas”. Sobre os déficits e os superávits na conta de transações correntes, o G-20 disse que vai “perseguir uma completa gama de políticas que promovam a redução de desequilíbrios excessivos e mantenham os desequilíbrios na conta de transações correntes em níveis sustentáveis”.

O câmbio subvalorizado chinês, que favorece as exportações do país, tem causado forte crítica das grandes nações, especialmente dos EUA, que já adiaram por duas vezes este ano classificar a China como manipuladora do câmbio, conforme desejam vários legisladores e grupos industriais norte-americanos.

A China, por sua vez, diz que sua moeda não é responsável pelos desequilíbrios econômicos dos EUA. O país tem argumentado que a política ultra frouxa dos EUA está provocando a atual depreciação do dólar e uma onda de fluxo de capital para mercados emergentes. As informações são da Dow Jones.

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