Geithner: câmbio de outros países sobrecarrega Brasil

O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, disse que economias com moedas subvalorizadas e câmbio controlado estão sobrecarregando o Brasil e outras nações que enfrentam um aumento potencial e prejudicial do investimento estrangeiro. Os comentários estão em um texto preparado para seu discurso em São Paulo.

Geithner não citou a China, mas um relatório recente do Tesouro dos Estados Unidos diz que a moeda chinesa está “substancialmente subvalorizada”. A avaliação generalizada de que o yuan subvalorizado está prejudicando outras economias emergentes pode favorecer os EUA em suas negociações durante a conferência do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo), no fim deste mês.

Segundo Geithner, uma economia global mais equilibrada pode diminuir a pressão contra a moeda brasileira e permitir um crescimento mais robusto das exportações do país. “O Brasil e outras economias emergentes com taxas de câmbio flexíveis e mercados de capitais abertos têm tolerado uma parcela desproporcional tanto de benefícios quanto de prejuízos de tais fluxos de capital”, observou Geithner no texto.

Ele acrescentou que o Brasil poderia precisar do apoio de outras grandes economias na medida em que busca administrar o aumento no fluxo de entrada de capital, capaz de alimentar a expansão, mas também causar o superaquecimento da economia. O texto preparado de Geithner destaca ainda que o Brasil pode precisar de “medidas macroprudenciais” cuidadosamente elaboradas para ajudar a controlar o aumento no fluxo de capitais. Ele não detalhou quais seriam tais medidas. As informações são da Dow Jones.

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