O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, evitou nesta terça-feira, 17, falar sobre as principais questões econômicas, como a aprovação da meta fiscal e os anúncios de reformas econômicas e de possíveis aumentos ou criação de novos impostos. O ministro optou por pedir “paciência” e “um tempo mínimo” para o presidente Michel Temer e a equipe econômica apresentarem um novo programa econômico para o País.

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“É um governo de dois dias e ainda estou nomeando a minha equipe, mas a sensação que tenho é que estamos no governo há quatro anos”, disse. “Quero ressaltar o pedido de paciência, porque as pessoas estão cobrando ações que precisam de um prazo mínimo”, emendou.

Geddel afirmou que ainda não há definição de como o governo irá revisar a meta fiscal que será apreciada em sessão do Congresso na próxima semana nem comentou sobre o reajuste na Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), bem como a possível recriação da CPMF, duas possibilidades de aumento de receita para o governo. “Não há decisão a respeito da Cide, e nem sobre esse tema (CPMF)”, disse o ministro.

Ele chegou a se irritar ao ser indagado novamente sobre a Cide, um dos poucos tributos que não precisam da tramitação no Congresso para ser aumentado. “As questões técnicas da economia são dos ministros da área econômica Romero Jucá (Planejamento) e Henrique Meirelles (Fazenda). Não há decisão tomada sobre essa questão.”

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Geddel afirmou ainda que o governo tentará arrumar a economia via corte de despesas e o ajuste da máquina e mostrou uma posição pessoal contrária ao aumento de impostos. “Trataremos de enxugar as despesas públicas. Essa é a visão pessoal que defenderei. Se a equipe econômica achar o contrário e definir como governo, isso (aumento de receita via tributos) deixa de ser posição pessoal e passa a ser decisão de governo”, concluiu.