Gastos excessivos exigem melhor administração

Controlar as finanças administrando o dinheiro sem acumular dívidas no final do mês sempre foi uma tarefa difícil, não só para as classes sociais menos favorecidas, mas para todo o brasileiro que tem por hábito fazer compras a prazo. De acordo com o economista e vice-presidente de Finanças do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef/PR), Luiz Afonso Cerqueira, algumas sugestões podem facilitar a administração das finanças pessoais, evitando eventuais problemas decorrentes da falta de dinheiro.

No orçamento doméstico, a dica é considerar apenas o salário líquido e outras rendas mensais fixas e garantidas, sem contar com os extras, como a devolução do Imposto de Renda, o décimo terceiro salário e a negociação de férias. Além disso, o ideal é poupar 10% da renda mensal líquida para, formando uma reserva, no mínimo, equivalente a três meses de ganho mensal, para fazer frente a alguma emergência.

?Os problemas financeiros começam quando se gasta mais com o consumo de bens supérfluos do que com as despesas obrigatórias, como saúde, alimentação, higiene, educação, moradia e impostos?, comenta Cerqueira. ?Então, é importante anotar todos os gastos indispensáveis e, o que sobrar, destinar para outras despesas de consumo, como telefone, gasolina, lazer, vestuário e utensílios domésticos, por exemplo?, explica.

Segundo ele, as dívidas são o grande problema das finanças domésticas, e elas só devem ser feitas em extrema necessidade, como no caso de uma doença. Outra dica é evitar o parcelamento do cartão de crédito ou do cheque especial, pois isto agravará a situação, devido às taxas de juros elevadas.

Quando for necessário fazer dívidas, o ideal é procurar taxas mais baixas e prazos mais longos, como o desconto em folha para assalariados ou aposentados e, em caso de necessidade, a antecipação da devolução do imposto de renda ou do décimo terceiro salário. ?Esperar uma possível baixa nos juros, a partir dos meses de maio e junho próximos, é uma boa saída para fugir das grandes dívidas?, avisa Cerqueira. De acordo com o economista, o crediário também deve ser evitado, e as compras devem ser planejadas para serem pagas à vista, e sempre negociando o melhor preço. 

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