Os custos com transportes tiveram ligeira alta em janeiro, apesar dos reajustes de alguns serviços públicos. Os preços aumentaram 0,02% no primeiro mês de 2019, após uma queda de 0,54% em dezembro de 2018, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo deu uma contribuição de apenas 0,01 ponto porcentual para o IPCA do último mês.
Segundo o IBGE, os maiores impactos individuais no IPCA de janeiro saíram do grupo Transportes, tanto positivamente quanto negativamente.
Por um lado, os combustíveis recuaram 2,09%, o terceiro mês consecutivo de recuo, embora menos intenso que o do mês anterior (-4,25%). A gasolina ficou 2,41% mais barata, o item de maior impacto negativo no IPCA do mês, uma contribuição de -0,11 ponto porcentual para a taxa de inflação de 0,32% registrada em janeiro.
A gasolina recuou em todas as regiões, com quedas entre os -5,98% de Aracaju e os -0,31% da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, à exceção da Região Metropolitana de Salvador, onde houve alta de 1,50%.
O preço do etanol caiu 0,75% em janeiro, enquanto o óleo diesel recuou 1,61%. As passagens aéreas caíram 3,59% em janeiro, com impacto de -0,02 ponto porcentual no IPCA, após terem subido 29,12% em dezembro.
Na direção oposta, os ônibus urbanos aumentaram 2,67% em janeiro, item de maior pressão sobre a inflação do mês, com o equivalente a uma contribuição de 0,07 ponto porcentual. Houve reajustes nas tarifas em cinco das 16 regiões pesquisadas: Belo Horizonte, São Paulo, Vitória, Fortaleza e São Luís.
A queda nos combustíveis conteve a pressão do ônibus urbano nos transportes, explicou Pedro Kislanov da Costa, analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE.
Ainda em Transportes, a Região Metropolitana de São Paulo registrou reajustes de 7,50% nas tarifas de trem e de metrô, em vigor desde o dia 13 de janeiro.
Os ônibus intermunicipais também tiveram suas tarifas reajustadas: 6,00%, em média, em São Paulo, a partir de 20 de janeiro; e 6,78% em Belo Horizonte, a partir de 30 de dezembro.
No Rio de Janeiro, houve reajuste médio de 4,26% nas tarifas de táxi, vigente desde o dia 1º de janeiro.