Os gastos do governo federal com seguro-desemprego estão crescendo em ritmo explosivo. Entre 2002 e 2007, as despesas com os benefícios pagos pelo Ministério do Trabalho às pessoas dispensadas sem justa causa subiram de R$ 5,7 bilhões para R$ 12 7 bilhões. Trata-se de um aumento médio de 17,3% ao ano, bem superior a qualquer outro gasto na esfera federal.
Pelas projeções oficiais que constam do Plano Plurianual (PPA), o custo do seguro-desemprego pode subir mais 52% até 2010 e atingir o nível de R$ 19,5 bilhões, apesar de a economia estar na melhor fase dos últimos dez anos.
"O Brasil surpreende em tudo. A carga tributária aumentou quando a economia estava mal, e agora que a economia vai bem, o gasto com seguro-desemprego não cai", comenta intrigado o economista do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), José Roberto Afonso.