A taxa Selic média mais alta pressionou as despesas com juros no ano passado. Dados do Banco Central (BC) divulgados hoje mostram que essa despesa aumentou R$ 41,304 bilhões em 2011, atingindo a marca recorde de R$ 236,673 bilhões, o equivalente a 5,72% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, os gastos com juros foram menores e somaram R$ 195,369 bilhões, o correspondente a 5,18% do PIB. Em dezembro último, as despesas com juros saltaram para R$ 20,574 bilhões ante R$ 18,368 bilhões em novembro.

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O setor público consolidado terminou o ano de 2011 com déficit nominal de R$ 107,963 bilhões, o correspondente a 2,61% do PIB, segundo o BC. O número mostra piora em relação a 2010, quando o resultado nominal – que leva em conta o esforço fiscal do governo após o pagamento de juros – foi de R$ 93,673 bilhões ou 2,48% do PIB.

Segundo o BC, o principal responsável pelo déficit nominal no ano passado foi o governo central, com R$ 87,518 bilhões. Já os governos regionais terminaram o ano com saldo nominal negativo em R$ 19,967 bilhões. As empresas estatais, por sua vez, tiveram nominal negativo de R$ 478 milhões.

Apenas no mês de dezembro de 2011, o déficit nominal do setor público somou R$ 18,640 bilhões, mais que o dobro do observado em igual mês do ano anterior, quando a conta ficou negativa em R$ 8,683 bilhões. Por segmento, o governo central teve déficit de R$ 13,471 bilhões, os regionais acumularam saldo negativo de R$ 4,953 bilhões e as estatais tiveram déficit de R$ 216 milhões.

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