Rio – O preço da gasolina nos postos do País subiu mais que os 4,5% estimados pela Petrobras, mostra a pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Na segunda semana após o aumento de 10,8% promovido pela estatal nas refinarias, o preço médio do combustível chegou a R$ 2,124 por litro, uma alta de 5,9%. Em São Paulo, o repasse foi ainda maior, de 6,2%. De acordo com a ANP, o preço médio nos postos do Estado atingiu R$ 2,025 por litro esta semana.
No caso do óleo diesel, a alta verificada pela agência acompanhou a estimativa da estatal e ficou em torno de 8%. O reajuste nas refinarias foi de 10,6% e o preço médio no País chegou a R$ 1,497 por litro, uma alta de 7,7%. Nos postos paulistas, o aumento também foi maior do que a média nacional, de 8,1%. Nesta semana, o preço médio do diesel no Estado ficou em R$ 1,480.
A pesquisa da ANP, divulgada ontem, foi a primeira a captar integralmente o repasse ao consumidor do reajuste promovido pela estatal no dia 15 de junho. Na pesquisa anterior, referente à semana passada, o levantamento feito em 555 cidades verificou um aumento de apenas 1,8% no preço da gasolina, bem abaixo do esperado pelo governo. Segundo a própria agência, a coleta de dados começou a ser feita antes do anúncio dos reajustes e, por isso, havia uma certa defasagem na pesquisa.
Esta semana, a ANP detectou também um aumento de 15% na margem dos postos na venda de gasolina, que chegou a uma média nacional de R$ 0,30 por litro, contra R$ 0,26 registrados na semana anterior ao reajuste. O governo determinou que a agência acompanhe de perto a evolução das margens para coibir aumentos abusivos ao consumidor. Representantes do setor de distribuição e revenda de combustíveis garantem, porém, que qualquer ampliação de margens acima da média será revertida quando os preços se ajustarem pela concorrência.
