Gasolina pressiona e tarifas sobem

A gasolina pressionou e a cesta de tarifas públicas disparou em Curitiba em agosto, encerrando o mês com alta de 1,07% – a maior variação desde outubro do ano passado, quando o índice foi de 1,10%, e o quinto aumento consecutivo. Com este resultado, as tarifas públicas – que vinham registrando queda no acumulado do ano – reverteram a tendência e acumulam de janeiro a agosto alta de 0,96%. Nos últimos 12 meses, a variação é de 2,21%. Os dados foram divulgados ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, regional Paraná (Dieese), em parceria com o Sindicato dos Engenheiros do Paraná (Senge-PR).  

Segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), o preço da gasolina subiu, desde maio, 9,28% em Curitiba, passando de R$ 2,26, em média, para R$ 2,47 no período. Em agosto, a alta foi de 3,91%. ?É o segundo momento, em 12 meses, de alta prolongada no preço da gasolina?, destacou o economista Sandro Silva, do Die-ese-PR. Na semana de 22 a 29 de julho, o litro chegou a custar R$ 2,45 em média e não caiu mais. Entre outubro do ano passado e fevereiro deste ano, o preço médio ficou em R$ 2,48. ?É um valor muito acima do normal?, apontou Silva.

De acordo com o economista, o preço da gasolina vem subindo em Curitiba por conta do aumento da margem de lucro dos donos de postos: em junho, a média era de 9,31%, passou para 14,49% em julho e para quase 18% em agosto. Em valores, houve um salto de quase R$ 0,20 por litro em junho para R$ 0,37 no mês passado.

Das 16 capitais pesquisadas pelo Dieese, cinco tiveram aumento no preço da gasolina em agosto, dez apresentaram queda e em uma ficou estável; Curitiba registrou a terceira maior alta. Na comparação com outros 30 municípios do Paraná, Curitiba está na 14.ª posição no ranking de preços, com o litro a R$ 2,471, em média – o combustível mais caro está em Castro (R$ 2,558) e o mais barato em Cambé (R$ 2,318).

Além da gasolina, outros itens que pressionaram a cesta de tarifas públicas em agosto foram a assinatura do telefone fixo, com alta de 1,29%, o transporte coletivo (0,82%) e o óleo diesel (0,39%). O álcool combustível também registrou aumento, de 3,69%.

Previsão

Com base na primeira semana do mês, a expectativa para setembro é de queda de 0,24% nos preços administrados. A redução deve ser puxada pelo transporte coletivo (-1,13%), por conta da tarifa domingueira de R$ 1,00 cobrada nos domingos e feriados. O gás de cozinha também registrou queda, de 0,03%, enquanto a gasolina teve alta de 0,20%. 

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