A temporada de preços baixos dos combustíveis em Curitiba parece ter chegado ao fim. Depois de sucessivas quedas, o preço tanto da gasolina como do álcool voltou a subir esta semana. Ontem, o litro da gasolina comum era encontrado a R$ 2,09 na maioria dos postos pesquisados, e o do álcool a R$ 1,09. Para quem achou caro, deve preparar o bolso: os combustíveis devem subir ainda mais, de acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis no Paraná (Sindicombustíveis-PR).
?Todo mundo sabia que os preços dos combustíveis eram irreais e que a queda aconteceu por conta da guerra proporcionada pelas distribuidoras. Os preços estão simplesmente voltando ao normal?, afirmou o diretor do Sindicombustíveis-PR, Marcelo Karam. Até o último fim de semana, era possível abastecer o carro pagando apenas R$ 1,85 pelo litro da gasolina comum ou R$ 0,93 pelo litro do álcool.
Com a retirada dos descontos por parte das distribuidoras, segundo Karam, o litro da gasolina que tinha o custo de aproximadamente R$ 1,80 para o revendedor deve passar para R$ 2,04 a R$ 2,06. ?Com isso, é provável que a gasolina para o consumidor suba para R$ 2,37. Conforme a planilha de custos, é necessário algo em torno de R$ 0,30 (margem de lucro por litro) para trabalhar?, apontou. Já o litro do álcool deve chegar a R$ 1,30 ou R$ 1,40 para o consumidor final. ?Não sei quando, a que horas ou como, mas o fato é que as distribuidoras estão voltando à normalidade aos poucos. Os preços vão subindo, variando todos os dias?, comentou.
Já antevendo que a culpa do aumento dos combustíveis geralmente recai sobre os revendedores, Karam se defendeu. ?As distribuidoras vêm, fazem a briga entre elas, trabalham no dumping (venda abaixo do custo). Quando voltam à normalidade, todo mundo diz que a culpa é dos donos de postos?, criticou, acrescentando que os postos ?apenas repassam os custos das distribuidoras.?
Na semana passada, o Sindicombustíveis-PR divulgou nota alertando os consumidores para que eles não se surpreendessem quando os preços voltassem ao normal. ?Quando acabar a guerra de preços entre distribuidoras, o revendedor acabará levando a culpa sobre o aumento dos preços, que na verdade não é um aumento e sim um realinhamento dos valores?, afirmou o presidente do Sindicombustíveis-PR, Roberto Fregonese, em nota.