Rio – O preço da gasolina deve voltar a cair em junho, com o aumento da mistura de álcool anidro em sua fórmula e com a revisão da base de cálculo para a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), afirmam especialistas. Apesar de a redução de 6,5% nas refinarias da Petrobras, anunciada há uma semana, ter chegado timidamente aos postos, a previsão é de que até a segunda quinzena de junho o preço médio apurado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) no País chegue a R$ 1,90, ou menos.

Isso porque, pelos valores de hoje, o álcool anidro, cotado a R$ 0,98 o litro, tem custo inferior ao da gasolina na refinaria. Com a mistura passando de 20% para 25%, a previsão é de que haja queda no preço em torno de pelo menos R$ 0,04, ou 2% do valor total.

Técnicos do setor sucroalcooleiro acreditam, entretanto, que a entrada no mês de maio do pico da safra de cana-de-açúcar na região Centro-Sul deve reduzir o valor do litro do álcool em 5%. Se isso se confirmar, a queda na gasolina deve se ampliar em R$ 0,01 ou R$ 0,02.

Outro impacto previsto pelos especialistas do setor e que deve puxar o preço da gasolina para baixo, já a partir do dia 15 de maio, é a revisão da base de cálculo para a tributação do ICMS. Calculada pelo Conselho de Política Fazendária (Confaz) para 19 Estados, a base hoje é de R$ 2,30.

Gás

A Federação Nacional dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (Fergás) acusa os distribuidores de não terem repassado a redução do preço no gás para uso comercial e industrial. Segundo a entidade, as empresas estariam se apropriando da redução, sem benefício para o consumidor final.

continua após a publicidade

continua após a publicidade