A Rússia e a Ucrânia aceitaram uma monitoração internacional do fluxo de gás, em meio ao impasse sobre o preço dos contratos do produto russo para a Ucrânia que provocou a interrupção de parte do envio para a União Europeia, disse o presidente da Comissão Europeia, órgão executivo da UE, José Manuel Barroso. Se o trânsito do gás para a UE não voltar aos níveis normais, a credibilidade dos dois países como fornecedores confiáveis de energia será questionada, disse Barroso em entrevista à imprensa em Praga.
Em Kiev, o governo ucraniano informou que a primeira-ministra Yulia Tymoshenko concordou “imediatamente”, após conversa por telefone com Barroso, em permitir que observadores técnicos da União Europeia na Ucrânia monitorem a situação do gás. Segundo o comunicado do governo, “Yulia Tymoshenko e José Manuel Barroso concordaram em enviar imediatamente especialistas técnicos da UE para que eles conduzam uma monitoração constante dos volumes de oferta de gás natural”.
Em Praga, o primeiro-ministro da Checoslováquia, Mirek Topolanek, disse que a Rússia reiniciará a entrega de gás assim que os monitores da União Europeia estiveram atuando na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia para checar o abastecimento de gás. A Checoslováquia detém a presidência rotativa da UE. Topolanek também informou que os ministros de Energia da UE farão uma reunião extraordinária na segunda-feira se as importações de gás russo via Ucrânia não foram restauradas. As informações são da Dow Jones.