Rio – O preço do gás boliviano deve cair até 4,5% este mês, segundo cálculo apresentado pela Petrobras com base na cotação internacional do petróleo. O novo valor ainda está em análise pela estatal boliviana YPFB e deve ser divulgado nos próximos dias. O gás nacional, por outro lado, pode subir até 20% a partir de 1.º de maio, com a retirada de todos os descontos concedidos ao preço do combustível desde 2003. O repasse ao consumidor final depende da legislação de cada estado.

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Segundo observadores próximos, a Petrobras já enviou à YPFB sua conta sobre o novo preço do gás boliviano, que é reajustado uma vez a cada três meses, segundo uma fórmula que considera as variações de preços de óleos combustíveis no mercado internacional. Pelos cálculos da empresa, o preço do gás para os primeiros 16 milhões de metros cúbicos do contrato deve cair de US$ 3,55 para US$ 3,39 por milhão de BTU, uma redução de 4,5%. Mesmo porcentual seria utilizado para o volume adicional até 30 milhões de BTU.

Se confirmado, será a segunda redução consecutiva no preço do gás importado da Bolívia. Em janeiro, a queda foi de 3,7%. O movimento reflete a oscilação no preço internacional do petróleo que, depois de bater US$ 78 por barril no início de agosto, iniciou trajetória de queda até atingir a mínima de US$ 51,79, em Londres, em meados de janeiro.

O gás da Bolívia abastece os Estados da região Sul, além do Mato Grosso do Sul e parte de São Paulo. Os outros estados, consumidores de gás nacional, terão alta de preços, conforme já indicou a Petrobras às distribuidoras. 

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