Salários e combustíveis causam
impacto no preço do gás de cozinha.

O botijão de gás (GLP) de 13 kg está custando mais caro para o consumidor a partir desta semana. Passou de R$ 29,00, em média, para R$ 31,00 – aumento de quase 7%, segundo informações do Sindicato das Revendedoras de Gás no Estado do Paraná (Sinregas-PR). De acordo com o presidente do sindicato, José Luiz Rocha, a alta se deve ao aumento do preço de combustíveis, no mês passado, e ao aumento salarial da categoria (7% em média), cuja data-base é dia 1.º de setembro.

“O aumento do preço do gás é relativo ao aumento de custos”, justificou Rocha. Segundo ele, o reajuste por parte das distribuidoras já foi repassado no final da semana passada e início desta. Rocha não quis falar qual é o preço de custo do produto, pois, segundo ele, varia de marca para marca e depende ainda da quantidade adquirida pela revendedora.

Novo aumento, para ele, só deve ocorrer por conta da Petrobras. O último aumento do GLP por parte do governo federal aconteceu em dezembro de 2002, quando o presidente ainda era Fernando Henrique Cardoso. De lá para cá, os reajustes do GLP aconteceram conforme o aumento de custos, entre eles, o combustível.

Assim como ocorre com a gasolina, o preço do botijão de gás também deve se acomodar daqui a uma ou duas semanas. “O mercado é livre, e a concorrência natural. O consumidor tem que procurar opções de compra”, analisou José Luiz Rocha. “Alguns mantêm o preço maior porque a marca é mais forte, outras menos. É natural que os preços comecem a se acomodar em uma ou duas semanas, devendo se estabilizar em R$ 30,00”, arrematou.

ANP

Pesquisa da Agência Nacional do Petróleo (ANP) aponta que o percentual de reajuste do gás de cozinha deve ficar em 6,7% no País, o que representa um reajuste de R$ 1,92, levando em conta o custo médio registrado pela pesquisa nos pontos de revenda do botijão.

De acordo com o Sindigas (sindicato das distribuidoras), as distribuidoras devem tentar repassar o custo de 6,7%, relativo ao dissídio coletivo de setembro, data-base da categoria, que só foi concedido em outubro aos trabalhadores do setor de gás.

As distribuidoras Minasgás e a Supergasbras informaram, por nota, que o botijão de gás não subiu para seus revendedores e consumidores finais no Estado de São Paulo.

A distribuidora Sofia do Brasil também informou, por meio de assessoria de imprensa, que não subiu os preços. No entanto, as empresas não confirmam se pretendem reajustar os preços como aconteceu em Santa Catarina, onde o gás de cozinha teve um reajuste total de 4% nas refinarias.

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