A Petrobrás decidiu retomar o desenvolvimento do Campo de Juruá, na Amazônia, a maior reserva terrestre de gás natural não associado (sem petróleo) do País, com mais de 40 bilhões de metros cúbicos. Juruá foi incluído na lista de projetos prioritários no planejamento estratégico da estatal até 2012. Pelo plano da Petrobrás, o empreendimento foi ampliado e incluiu o Campo de Araracanga, descoberto em 2006. Juruá foi descoberto em 1978, mas parou por dificuldades no escoamento da produção até os mercados consumidores.

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Procurada pelo Estado, a empresa não quis dar mais detalhes do novo pólo produtor, localizado na cidade de Carauari, a mais de 700 quilômetros de Manaus, em linha reta, e a 1.700 km por via fluvial. Fontes da companhia informaram que o projeto será conectado ao Campo de Urucu, já em produção, no caminho entre Carauari e Manaus. Esse campo, por sua vez, está sendo interligado a Manaus por um gasoduto de 726 quilômetros. A previsão é que a partir de 2008 o gás de Urucu comece a chegar à capital. O duto foi projetado para transportar até 10 milhões de metros cúbicos por dia. As reservas conhecidas de Urucu, porém, só têm potencial para produzir até 5,5 milhões de metros cúbicos por dia. A capacidade excedente destina-se a novas descobertas na região.

Além disso, a empresa analisa a ligação de Urucu a Porto Velho, com capacidade de transporte de 2,5 milhões de metros cúbicos por dia, com o objetivo de abastecer térmicas locais. O projeto, no entanto, perdeu força depois que o governo decidiu construir uma linha de transmissão conectando a capital de Rondônia ao sistema interligado de energia brasileiro, reduzindo a necessidade de geração térmica na região. O pólo Juruá-Araracanga é um dos quatro focos de desenvolvimento da Petrobrás no Brasil nos próximos cinco anos, além das Bacias de Campos, de Santos e do Espírito Santo.

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