O aumento na produção de petróleo nos Estados Unidos ocorre em paralelo à revolução energética provocada pela expansão do suprimento de gás de xisto, que está reduzindo os preços de eletricidade e em breve transformará o país de importador em exportador líquido do produto.
As projeções oficiais apontam para um aumento de 56% no suprimento de gás de xisto no período 2012 a 2040. Como no caso do petróleo, o produto é retirado de rochas com o uso de tecnologias que se tornaram viáveis no início deste século.
Essa fonte de energia não convencional é a principal responsável pelo aumento da participação do gás na matriz de eletricidade do país. A expectativa é que o gás supere o carvão e se torne a principal fonte de energia elétrica do país em 2035, com participação de 35% – a do carvão cairia a 32%.
O menor preço estimula investimentos industriais, especialmente de empresas de setores que são intensivos no consumo de energia, como alumínio, siderurgia, papel e químico. Em 2012, um terço do consumo de energia veio do setor industrial, que engloba manufatura, agricultura, construção e mineração. Segundo as previsões oficiais, esse segmento será o maior consumidor de energia em 2018.
O maior uso de gás e o aumento da eficiência energética ajudarão os Estados Unidos a manter suas emissões de gases que provocam efeito em patamares inferiores aos de 2005 até 2040, de acordo com estimativa do governo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.